A imagem da areia movediça, tão familiar para muitos de nós desde a infância, ganha um novo significado quando aplicada ao mundo corporativo. É hora de deixar de lado a ficção e enfrentar essa realidade. Ao longo dos 20 anos de experiência como funcionário, diretor, consultor e conselheiro, trago neste artigo maneiras de identificar se você está enfrentando esse desafio ou se tornou vítima dele como gestor ou equipe.
Pergunte a si mesmo: já se viu correndo para apagar incêndios, produzindo freneticamente, atendendo demandas urgentes, sacrificando horas fora do expediente e, sentiu que atendeu aquela demanda, resolveu o problema daquela semana ou entregou o material para a reunião de conselho, mas que no fim não saiu do lugar? Se a resposta for sim, você está imerso em uma empresa movediça.
Certamente, ao longo da carreira, muitos passaram ou passarão por situações assim. Empresas movediças sobrecarregam suas equipes com uma avalanche de demandas, que frequentemente parecem urgentes, importantíssimas, inadiáveis ou qualquer outro adjetivo que possa ser utilizado para representar a necessidade de ter que trabalhar até mais tarde.
O problema relacionado ao excesso de trabalho, quando não estruturado, resulta frequentemente em entregas que não refletem a qualidade desejada. Isso ocorre pela falta de validação, profundidade da revisão, detalhamento, preparação, aprendizados ou outros sentimentos de frustração que surgem tanto de quem fez quanto de quem recebeu. E assim, a sensação de afogamento persiste, já que após essa entrega sempre há uma nova demanda, “a mais importante de todos os tempos desta última semana”. Parece uma brincadeira, mas quem nunca sentiu isso?
Recentemente, na RG5, onde sou sócio-fundador há mais de uma década, um cliente chegou com um desafio semelhante. E, com isso, uma série de demandas urgentes surgiram: apresentações para o conselho, acionistas e outro grupo em uma reunião de resultados. A falta de agendamento prévio, processos incipientes e fragilidade nas bases de dados levaram a uma corrida contra o tempo, com minha equipe dedicando noites e finais de semana para cumprir os prazos. Entregamos, foi uma grande correria, consolidamos todas as BU, segregamos resultados por linhas de negócios, desenvolvemos uma ferramenta, planejamento, criamos cenários, apresentamos proposta de transformação… Mesmo assim, todas as informações, slides e ferramentas foram feitas às pressas. Os resultados foram planilhas e slides que não podiam ser utilizados novamente devido à desorganização das bases, tornando-as praticamente impossíveis de serem replicadas ou atualizadas por outras pessoas que não participaram daquela construção.
Quando estamos sempre correndo, é difícil implementar processos estruturados. Embora não seja a favor de reduzir a produtividade, a recorrência de situações semelhantes mostra que a falta de definição de prioridades, planejamento, organização e transparência leva à perpetuação do ciclo de urgência e a uma sensação constante de estar “afundando” no trabalho. Além disso, com a experiência em vários processos de OBZ, aprendi que muitos materiais e apresentações são produzidos, mas que na prática agregam muito pouco ou quase nada nas organizações, e que se todos soubessem claramente o tempo gasto, já teriam eliminado aquela atividade.
Empresas assim, embora resolvam problemas emergenciais, lutam para estabelecer uma rotina estruturada e organizada. O curioso é que, em geral, quem sente esses efeitos são os níveis intermediários e a base, e raramente o topo. A solução está em estruturar processos e demandas, comunicar de forma assertiva e treinar equipes para priorizar de forma eficaz.
Quando há um “vácuo na areia”, a situação pode demorar a se resolver.
Acredito que ainda assim, o segredo para evitar o “afogamento” irremediável em empresas movediças está em encontrar o equilíbrio entre eficiência e qualidade, priorizar tarefas com base no impacto real que geram e criar uma cultura organizacional que valorize a organização, planejamento e comunicação transparente. É possível escapar das armadilhas da areia movediça corporativa se soubermos identificar os sinais, agir com sabedoria e transformar a forma como lidamos com as demandas do dia a dia.
Estamos juntos nessa jornada de evolução e aprendizado empresarial! Compartilhe suas experiências e dicas nos comentários abaixo. Vamos construir juntos empresas mais sólidas, organizadas e preparadas para enfrentar os desafios do mercado atual.### Como Evitar a Armadilha da Cultura Organizacional na sua Empresa
A cultura organizacional pode ser uma faca de dois gumes. Por um lado, é o que define a identidade e a forma de trabalhar da empresa. Por outro, pode se tornar uma armadilha, dificultando mudanças e inovações necessárias. Neste post, vamos explorar como evitar cair nessa espiral sem fim e garantir que a sua empresa esteja sempre aberta a novas ideias e processos.
#### O Papel da Cultura Organizacional
A cultura organizacional refere-se aos valores, crenças e práticas que uma empresa adota como padrão. É o conjunto de regras não escritas que definem a forma como as coisas são feitas no dia a dia. Essa cultura pode ser um grande ativo, mas também pode se tornar um obstáculo quando impede a inovação e a adaptação a novas realidades.
#### Gestão Proativa: A Abordagem “para cima”
Uma forma eficaz de evitar que a cultura organizacional se torne uma barreira é adotar uma abordagem de gestão proativa, também conhecida como “gestão para cima”. Isso envolve criar um ambiente onde as equipes sintam-se à vontade para compartilhar desafios e ideias, permitindo que a liderança tome decisões informadas e adote novas práticas de forma mais ágil.
#### O Papel do Líder na Transformação
Os líderes desempenham um papel fundamental nesse processo. Eles devem reunir a equipe, estabelecer prioridades claras, criar planos de ação e garantir um acompanhamento constante. Ao criar um ambiente propício à inovação e à mudança, os líderes capacitam suas equipes a enfrentar desafios e a evoluir constantemente.
#### Como Evitar a “Areia Movediça” Empresarial
Quando a empresa se vê presa na “areia movediça” da cultura organizacional, é importante manter a calma e focar não só nas soluções imediatas, mas também nas iniciativas que vão transformar a empresa a longo prazo. A mudança é possível, desde que haja comprometimento e liderança eficaz.
### Conclusão
Para evitar cair na armadilha da cultura organizacional, é essencial adotar uma abordagem proativa de gestão, criar um ambiente de abertura e inovação, e contar com líderes que estejam dispostos a desafiar o status quo. A mudança é inevitável, e cabe às empresas e seus líderes abraçá-la e conduzi-la de forma positiva.
Espero que essas dicas sejam úteis para garantir que a sua empresa esteja sempre evoluindo e se adaptando às demandas do mercado. Lembre-se: a mudança é uma oportunidade para crescimento e inovação.
#### Perguntas Frequentes:
1. O que é cultura organizacional?
2. Como a cultura organizacional pode se tornar uma armadilha?
3. Qual a importância da gestão proativa na transformação da cultura organizacional?
4. Qual o papel do líder nesse processo de mudança?
5. Como evitar que a empresa fique presa na “areia movediça” da cultura organizacional?