O Setembro Amarelo – dedicado à conscientização sobre a prevenção ao suicídio – recorda um tema que nunca deve perder a relevância no ambiente de trabalho. As empresas têm se deparado com um grande desafio: o crescente aumento nos afastamentos de seus funcionários devido a questões diretamente ligadas à saúde mental e emocional. Fatores como falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional, relações conturbadas com a liderança imediata, sobrecarga nas tarefas e pressão por alcance de metas e resultados, que tem sido conduzida de forma inadequada, podem resultar em desgaste mental, ansiedade e situações ainda mais graves, segundo especialistas.
Para o presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seção Minas Gerais (ABRH-MG), Leandro Souza de Pinho, “a saúde dos colaboradores não pode mais ser vista como um assunto isolado ou apenas de interesse pessoal. Há uma relação direta entre bem-estar emocional e produtividade. As empresas que promovem ambientes saudáveis, acolhedores e que oferecem apoio psicológico contam com equipes mais engajadas e satisfeitas”, afirma.
Segundo o especialista, a relação entre a saúde mental e o desempenho no trabalho já é amplamente discutida no meio corporativo, mas o setor de RH tem um papel fundamental na implementação de estratégias para melhorar essa relação. Pinho explica que políticas de escuta ativa, programas de apoio psicológico e práticas de gestão humanizadas são iniciativas que podem fazer uma grande diferença. “É essencial que as empresas construam um ambiente de confiança, onde o colaborador se sinta à vontade para expressar suas dificuldades, sem receio de ser julgado”, ressalta.
De acordo com Pinho, “a promoção da saúde mental no ambiente corporativo não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas de sobrevivência do próprio negócio. Afinal, colaboradores saudáveis mental e emocionalmente são a base para uma organização sólida e produtiva”, salienta.
Em relação à campanha Setembro Amarelo, o presidente da ABRH-MG espera que, a partir de agora, práticas como o cuidado com a saúde mental dos funcionários deixem de ser uma exceção e se tornem a regra dentro das organizações.
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IVANA ALVES DE ANDRADE
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