Na busca por um novo emprego, muitos candidatos acabam cometendo erros que poderiam ser facilmente evitados. Em vez de abrir portas, esses deslizes podem colocar tudo a perder em relação à ocupação dos sonhos. A gerente de Pessoas & Cultura da Tecnobank, Patrícia Rios, aponta os principais equívocos e orienta como evitá-los para aumentar as chances de sucesso no mercado de trabalho.
E-mail profissional
Segundo Patrícia, um dos erros mais comuns é a falta de um e-mail profissional. “Misturar contatos pessoais com os profissionais pode resultar na perda de informações importantes”, alerta. Ela recomenda criar um e-mail com nome e sobrenome, evitando apelidos ou diminutivos, como “patricinha@provedor.com.br”, que podem transmitir uma imagem pouco profissional.
Currículo defasado
Outro erro frequente é não atualizar o currículo regularmente. Patrícia destaca que ele é o “cartão de visitas” do candidato e deve sempre refletir as habilidades e experiências mais recentes. “Muitas pessoas esquecem de incluir cursos ou experiências que podem ser relevantes. Além disso, o visual do currículo é importante. Usar fontes consistentes, revisar a gramática e evitar erros de ortografia são cuidados essenciais que demonstram organização e atenção aos detalhes”, explica.
Não ser objetivo também prejudica. Um currículo confuso, que não deixa clara a área de interesse do candidato, pode afastar recrutadores. “Inclua apenas as informações pessoais necessárias, como nome, e-mail e telefone. Não é recomendável adicionar a pretensão salarial no currículo”, orienta Patrícia. Ser específico sobre o que se busca e destacar habilidades relevantes é fundamental para atrair a atenção dos empregadores certos.
Perfis nas redes sociais
Nas redes sociais, a busca por emprego pode ser prejudicada por perfis desatualizados ou com imagens pouco profissionais. “Hoje, as redes sociais são ferramentas poderosas para divulgar oportunidades. Um perfil bem cuidado no LinkedIn, com uma foto profissional e informações atualizadas, pode ser decisivo. A maioria dos recrutadores verifica o perfil do candidato antes de uma entrevista”, destaca Patrícia. Além disso, usar as redes a seu favor, participando de grupos e seguindo empresas de interesse, pode ampliar consideravelmente as chances de ser notado.
Esquecer o off-line
O networking, muitas vezes subestimado, é outro pilar essencial. “A internet facilita a busca, mas não podemos esquecer dos nossos contatos pessoais e profissionais. Informar amigos e colegas sobre a disponibilidade para novas oportunidades pode gerar indicações valiosas”, observa Patrícia. Manter e expandir a rede de contatos, seja em eventos ou nas redes sociais, é uma estratégia que nunca perde relevância.
Atirar para todos os lados
Buscar vagas indiscriminadamente é outro erro que Patrícia Rios destaca. “Muitas vezes, na pressa de conseguir um emprego, o candidato envia currículos para qualquer vaga disponível. Isso transmite a impressão de desespero. O ideal é focar em vagas alinhadas com as habilidades e os objetivos de carreira”, aconselha. As empresas buscam profissionais que compartilhem seus valores e cultura, e essa sintonia aumenta as chances de sucesso.
Não se preparar para a entrevista
Preparar-se adequadamente para as entrevistas é uma etapa crucial. Nesse contexto, Patrícia recomenda uma abordagem investigativa. “Pesquise sobre a empresa, sua missão, valores e principais produtos. Isso demonstra interesse e preparo. Respeitar o horário do entrevistador, vestir-se de maneira adequada e cuidar da postura são detalhes que fazem a diferença”. Autenticidade também é fundamental. “Seja sincero sobre suas habilidades e experiências. Mentir ou exagerar pode se voltar contra você durante a entrevista, especialmente em perguntas mais detalhadas”, alerta.
Não respeitar o tempo do processo
A persistência é uma qualidade valiosa na busca por um emprego, mas é importante manter o equilíbrio. “Encontrar o trabalho ideal pode demorar e exigir várias tentativas. Se você já enviou seu currículo, confirmou que ele foi recebido pelo recrutador e ainda não obteve uma resposta, é melhor não insistir. O processo pode estar em andamento ou o recrutador está conduzindo mais de um processo seletivo, e ser insistente demais pode prejudicar suas chances”, orienta a especialista.
Por fim, Patrícia recomenda paciência e motivação constantes. “Não desista por conta de algumas negativas. Cada experiência deve ser vista como uma oportunidade de aprendizado”, conclui. Segundo a gerente, é essencial continuar enviando currículos e participando de processos seletivos até ter uma proposta concreta, pois imprevistos podem acontecer – e nada é garantido até a assinatura do contrato.
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MAIRA BECKER DE OLIVEIRA RAMOS
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