Ainda existe quem duvide do aquecimento global. Mas ele está aí e ninguém pode negar. Há notícias de que em setembro teremos temperaturas acima dos 45 graus. Isso é praticamente um decreto de morte para hipertensos, portadores de problemas cardiovasculares, diabéticos, gestantes, idosos e crianças.
O aquecimento global não é um fenômeno natural. É a consequência de nossa insensatez, arremessando na atmosfera toneladas de gases venenosos que causam o efeito-estufa. Isso faz com que o planeta fique envolto numa nuvem, como se fora um acolchoado. Equivale a uma panela de pressão. E nós dentro dela.
Lembra a história do sapo que, dentro do caldeirão, gostou quando a água estava morna e não teve tempo de pular para fora quando ela ferveu.
Todos podem fazer alguma coisa para retardar a catástrofe. Economizar água, bem finito e que logo vai faltar. Plantar árvores. São Paulo precisa de alguns milhões de árvores que foram exterminadas porque não compreendemos que elas são essenciais para garantir água e vida. Andar mais a pé. Usar transporte coletivo. Tirar do asfalto, do cimento e do concreto, espaços para hospedarem “jardins de chuva”. Uma cidade impermeabilizada faz com que a água corra na superfície, ganhe força, se transforme em correnteza e enxurrada e cause inundações e até morte.
Por isso, quando negarem que existe aquecimento global perto de você, desminta! As temperaturas estão aumentando excessivamente e isso compromete a saúde, a economia, a qualidade de vida e a possibilidade de continuarmos a nossa aventura aqui na Terra.
*José Renato Nalini é Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.
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LUCIANA FELDMAN
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