Criado em 1937, o Dia do Vendedor surgiu para homenagear uma das mais antigas profissões do mundo. Comemorada no dia 1º de outubro, a data reconhece o profissional que é tido como o alicerce para o bom funcionamento do comércio.
Vendedora por escolha e paixão desde os 19 anos de idade, Flavia Mardegan estudou a área a fundo e hoje, depois de 28 anos de experiência, se tornou uma especialista no assunto, publicando livros, dando palestras, consultorias e treinamentos. Segundo ela, ainda existe um certo preconceito contra quem trabalha com vendas no Brasil. “Não vemos por aqui os mesmos estímulos que vemos em países como os Estados Unidos, por exemplo. A profissão é tida, muitas vezes, como algo que não demanda especialização, que qualquer pessoa falante e simpática pode exercer com maestria”, afirma.
Mardegan acredita que alguns mitos que cercam a profissão só reforçam estereótipos e desperdiçam talentos. “Não entendo de onde surgiram esses discursos de que o vendedor já nasce pronto ou que a pessoa que foi trabalhar com vendas é porque não deu certo em outras áreas. É uma área que exige múltiplos conhecimentos e entendimentos sobre como tratar pessoas das mais variadas personalidades. Deveríamos ter cursos superiores para a formação de vendedores”, complementa.
Um outro ponto levantado pela especialista é a possibilidade de ganhos acima da média, principalmente devido às comissões que são somadas aos salários fixos. Uma pesquisa realizada pelo GlassDoor aponta que a média salarial de quem ocupa o cargo de vendedor no Brasil em 2024 é de R$ 3,5 mil. Média bem acima de outras ocupações, inclusive das que exigem conhecimentos técnicos específicos. “Vendedores de alguns segmentos, como o de móveis planejados de luxo, por exemplo, podem chegar a ganhar R$100 mil no mês, não havendo limite de possibilidade de ganhos. Ou seja, o mesmo rendimento de diretores e CEOs de grandes empresas. E, para chegar nesse patamar, o mais importante, ao meu ver, é a pessoa ‘ser vendedora’ e não somente ‘estar vendedora’ ”, diz.
Flavia, cujo livro recém lançado “Vendas: Ciência ou Intuição?”, pela Editora Gente, fala sobre os caminhos para se tornar um vendedor de excelência, vai além ao afirmar que a profissão é uma das poucas que possibilitam uma ascensão social efetiva. “Trabalhar com vendas é ter o poder de aumentar os ganhos através de esforços próprios. É fazer a roda da economia girar! Todo vendedor precisa ter isso em mente e se orgulhar muito da sua profissão. O mundo não é nada sem vendas”, finaliza.
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CYNTHIA SILVA CASTRO
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