Divulgou-se esta semana que a mancha de poluição do Tietê aumentou. Má notícia. A coincidir com o Brasil em chamas. Todos os biomas arderam com incêndios provocados e, portanto, criminosos.
A situação hídrica de nossa capital não é das melhores. Já enfrentamos escassez em 2013-2014 e os reservatórios não estão em suas condições ideais.
É preciso recordar que o planalto de Piratininga possuía abundante rede fluvial. Quatro grandes rios, serpenteantes em suas várzeas e milhares de afluentes. Riachos, córregos, cursos d’água de variada dimensão, garantiam o sustento de uma avifauna exuberante. A biodiversidade paulistana já foi uma das mais ricas de todo o planeta.
Tudo isso foi enterrado para servir ao mais egoísta dos meios de transporte, que é o carro. O automóvel, quase sempre, leva uma só pessoa. Por isso o ar paulistano fica irrespirável, ainda quando não haja incêndios, cuja fumaça prejudica a saúde do habitante desta conurbação.
É urgente fazer todos se conscientizarem de que depende de cada indivíduo cuidar melhor da água de que todos necessitamos. Economizar no banho, na lavagem de roupa, na cozinha. Deixar de lavar os condomínios e calçadas. Cuidar das árvores, que produzem água.
Só assim combateremos a escassez que se torna cada vez mais grave e poderemos contar com esta cidade que amamos, nas condições em que a encontramos quando nascemos ou aqui chegamos.
Salvar nossa água é o apelo que a natureza faz e ninguém está dispensado de ouvi-la e agir de acordo com a sua consciência. Não é apenas uma atitude ética e patriótica. É uma questão de sobrevivência/1
*José Renato Nalini é Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.
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LUCIANA FELDMAN
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